Plano de retomada; e o da máquina pública? – Heron Cid
Bastidores

Plano de retomada; e o da máquina pública?

9 de junho de 2020 às 20h58
O novo normal não pode ficar apenas em empresas, corporações e pessoas. Instituições e poderes públicos estão na roda das mudanças

Se nada será como antes, a máquina pública, no geral, também não pode voltar sem novos métodos, quando esse período desafiador passar.

O isolamento social não paralisou o serviço público essencial.

Em novos formatos, Legislativo, Judiciário e Executivo continuaram desempenhando suas missões em teletrabalho.

Aliás, o Judiciário até incrementou e agilizou suas respostas às enormes demandas processuais. Nunca se trabalhou tanto nos tribunais em despachos.

À distância, o Legislativo funciona com razoável eficiência, quórum legal, prioridade nas pautas, mais foco e menos blá-blá-blá.

O Executivo vai dando conta de sua grande estrutura com ações e serviços remotos.

Com uma grande diferença: menores custos para o contribuinte. Menos passagens, diárias, viagens, deslocamentos, material de expediente e de consumo. O custeio da máquina diminuiu.

Por isso, assim como se discute a retomada da economia com os setores produtivos, os poderes são exortados ao mesmo. Por questão de isonomia e cidadania.

O que funciona ou não no modelo virtual? Qual foi o impacto da atividade home office na funcionalidade, nas despesas públicas?

O que pode se manter no modo remoto, mesmo na volta? O que pode ganhar agilidade, efetividade e resolutividade e com custo inferior?

São perguntas que guiam um plano de retomada do poder público.

A pandemia já mostrou com clareza: ele pode ser mais barato e mais eficiente.  O resto é questão de decisão política. E de pressão social.

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