Estreita-se o cerco a Temer e aos seus amigos. Por Ricardo Noblat – Heron Cid
Bastidores

Estreita-se o cerco a Temer e aos seus amigos. Por Ricardo Noblat

8 de maio de 2018 às 11h12

Dá para entender por que Michel Temer desistiu de se candidatar à reeleição e agora oferece seus préstimos para evitar a fragmentação do centro direita nas eleições de outubro próximo?

Dada às circunstâncias que ele começou a enfrentar, o melhor que tinha a fazer era sair discretamente de cena, mas sem sair por completo. A barra começou a pesar para o lado dele.

Avolumam-se os indícios, quase provas, de que a reforma em São Paulo da casa de sua filha Maristela foi paga com dinheiro da Odebrecht repassado pelo coronel Lima, o faz tudo de Temer.

A Polícia Federal descobriu que o advogado José Yunes, amigo de Temer há mais de 40 anos, intermediou de fato a entrega de dinheiro ao ministro Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil.

Mais que isso: Yunes teria embolsado de duas vezes R$ 1 milhão da Odebrecht, parte dos R$ 10 milhões prometidos pela construtora a Temer durante jantar no Palácio do Jaburu em 28 de maio de 2014.

Na época, Temer era vice-presidente e ainda não conspirava para derrubar Dilma Rousseff. A Polícia Federal apenas investigava um posto de gasolina que lavava dinheiro em Brasília. A Lava Jato estava incubada.

Uma eventual terceira denúncia de corrupção contra Temer dará em nada na Câmara dos Deputados que não terá tempo de votá-la em ano eleitoral. Mas a sombra dela já bastou para fazer Temer encolher-se.

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