As últimas expectativas de aliados que esperavam pela permanência do governador Ricardo Coutinho no cargo arrefeceram no começo da manhã de hoje.
Quem abriu o Diário Oficial se espantou – em todos os sentidos – com ato legislativo, sancionado por Ricardo, criando uma guarda militar para ex-governadores.
O texto não deixa margem para dúvidas. A futura guarda, a ser escolhida pessoalmente pelo futuro ex-governador, atenderá na prática ao próprio Ricardo.
O documento limita o benefício a ele próprio e daqui pra frente. Ou seja, ex-governadores como Cássio Cunha Lima, Roberto Paulino e José Maranhão ficam de fora.
Além do quê, será proporcional ao tempo de mandato e limitada no máximo ao período de quatro anos.
Afora a óbvia discussão da inapropriedade da medida (não combina com o discurso histórico de Ricardo), em tempos que se pede corte de gastos e de regalias, o dispositivo acendeu por completo a luz amarela da base aliada.
Por uma indagação básica: quem ficará no cargo precisa assinar ato deste tipo à dois dias do prazo da desincompatibilização?