No meio do (meu) caminho tinha a covid – Heron Cid
Crônicas

No meio do (meu) caminho tinha a covid

31 de janeiro de 2021 às 13h58

Por essas horas, eu deveria estar em Brasília ao lado dos queridos companheiros Wallison Bezerra e Anderson José, da RedeMais.

Faria com eles uma semana de cobertura especial no Congresso planejada há meses. Juntaria-me, também, ao confrade e irmão Petson Santos, o incansável desbravador do Diário do Sertão e TV Diário.

Tinha uma pedra no meio do (meu) caminho.

Almoçaria, certamente, com o meu amigo Magno Martins, dono da crônica política de Pernambuco, esbarraria em Edinho Magalhães, Napoleão de Castro e Fernanda Martinelli, três bons jornalistas da nossa Paraíba radicados no coração do cerrado .

Se desse sorte, encontraria o generoso jornalista Wendell Rodrigues, pernambucano de nascimento e filho adotivo paraibano. E, claro, cumprimentaria a bancada federal paraibana, no exercício do ofício.

Tinha uma pedra no meio do (meu) caminho.

Já estaria sentindo a temperatura deste domingo de protestos contra e a favor de Bolsonaro e ansioso para chegar nesta segunda no Congresso.

De lá informar, via Blog e Portal MaisPB a expectativa para a eleição das mesas da Câmara e do Senado. E no Programa Hora H, em rede estadual, fazer, ao vivo, minha grande paixão: transmissão de rádio.

Mas, no meio do meu caminho tinha uma pedra; a covid-19.

Contive-a nos últimos 11 meses. Por ironia, ela achou de me achar um dia antes do embarque, atropelou planos, cancelou minha viagem ao lado da minha brava equipe e roubou-me o privilégio de testemunhar um capítulo da vida nacional.

Tinha uma pedra no meio do (meu) caminho.

É o imponderável da vida. Com toda saúde do mundo, Wallison Bezerra, Anderson José e Petson Santos farão uma extraordinária e competente cobertura. Eu estarei com eles, ausente de corpo, presente de alma e coração.

Tinha uma pedra no meio do (meu) caminho.

Daqui, do meu quarto, ‘quarentenado’, sigo sob os cuidados afetuosos de minha companheira Marly, os olhos meigos do meu caçula Benjamim.

Consolo-me nas mensagens carinhosas de Herla, Cleiperon e José, trio que completa minha descendência.

Revigoro-me nas preces de dona Marizete, monitorado por amigos médicos, e na absoluta confiança na soberania de Deus. Os planos Dele são perfeitos e infinitamente melhores do que os meus.

Incluindo as pedras.

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