Por um recesso do excesso – Heron Cid
Opinião

Por um recesso do excesso

28 de julho de 2019 às 09h02 Por Heron Cid
Câmara da Baía da Traição (PB) chegou a ter seis meses de férias; após pressão, reduziu para dois meses

Excetuando as elites do funcionalismo público, minoritárias – frise-se -, o trabalhador brasileiro – cuja jornada média semanal é de 40 horas – tem direito a 30 dias de férias regulares.

Um período usado para lazer e para resolver problemas pessoais acumulados ao longo do ano.

Se o simples empregado consegue, por que os parlamentares – os servidores públicos de todos os trabalhadores – não?

Não que também não tenham o direito, mas Câmaras, Assembleias e Congresso abusam dele, regimentalmente, inclusive.

No Parlamento, são dois longos intervalos.

O do meio do ano supera as férias escolares. Começa em meados de junho, antes do São João, e termina somente no começo de agosto.

No fim do ano, mais uma hibernada. Do meio de dezembro até primeiro de fevereiro.

Juntando tudo, chega perto de três meses.

Isso, numa atividade laboral que, em regra informal, já enforca segundas e sextas.

O novo momento do País aponta para uma nova consciência cidadã. Vereadores, deputados e senadores devem perceber e entrar em sintonia com ela.

Um bom passo para isso é o representante descer do pedestal para ficar mais próximo da realidade dos seus representados.

Comentários