Uma vacina anti carta marcada na Paraíba – Heron Cid
Bastidores

Uma vacina anti carta marcada na Paraíba

13 de dezembro de 2018 às 11h15

Dia sim, dia não, Ministério Público e Polícia Federal estão protagonizando operações contra irregularidades e desvios de verbas públicas. Uma malandragem que começa na origem: as licitações.

Empresas são criadas num piscar de olhos apenas para figurar no teatro combinado com as firmas que estão programadas para ganhar os certames e abocanhar lucros de serviços prestados. Quando são.

Na Paraíba, a mamata pode sofrer sérios abalos.

Projeto de iniciativa do deputado estadual Manoel Ludgério (PSD) tem tudo para ao menos inibir a prática, tão comum quanto banalizada.

A propositura obriga todo o serviço público do âmbito estadual a transmitir ao vivo as concorrências, do início do pregão até as aberturas dos envelopes.

Todo o processo gravado deve ficar arquivado por cinco anos, reza o dispositivo já em tramitação na Assembleia.

O autor tem buscado apoio e conversa com presidentes de poderes. Já fez isso no Tribunal de Justiça, com Joás de Brito, o presidente, e Márcio Murilo, o eleito.

Também pediu o mesmo endosso do presidente do TCE, André Carlo Torres.

Onde passou, ouviu palavras de receptividade.

A ideia é interessante. Pode não resolver completamente, mas pelo menos obrigará gangues a pensar duas vezes antes de botar a cara ao vivo e a cores na lente da fiscalização.

E ainda economizará órgãos de investigação da inglória tarefa de ir sempre atrás do leite derramado.

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