Quando imaginava-se que tudo já tinha acontecido na novela Cabedelo, o roteiro da cidade sempre surpreende.
No novo capítulo, o contador de uma sequência de gestões da Prefeitura foi demitido por mensagem de Whatsapp.
Por que? Porque estaria confabulando contra o prefeito interino, Vitor Hugo, com a sua vilã, presidente da Câmara, Geusa Ribeiro (PRB).
Num rompante, Vitor escorraçou José Arthur Albuquerque do Paço Municipal.
O contador, até então homem de bastidores, não segurou a emoção e foi a público. Em carta aberta, insinuou ter visto coisas estranhas e ousadas na recente gestão de Vítor. Mistério…
Um silêncio pessoal e profissional rompido depois de ter passado pelos governos de Sebastião Plácido, Dédo Rezende, José Régis e Leto Vianna. Imagine o que ele não viu nesse tempo todo?
Insinuações à parte, na carta pelo menos uma verdade que já se sabia. As obras inauguradas pelo interino com pompa e muito barulho são ora conclusões de serviços começados por Leto Viana ora resultado de recursos conveniados e deixados pelo prefeito preso.
Em nota, Vitor Hugo tratou inicialmente as acusações do ex-auxiliar técnico como “fantasiosas”.
A conversa printada, segundo a nota, demonstra de “forma irretocável a conduta ilibada da atual gestão”. Hugo sempre modesto…
O presidente da Câmara e prefeito temporário até vai fazendo um bom governo, para os padrões de Cabedelo, mas o homônimo do poeta, dramaturgo e estadista francês do século 19 não seguiu uma velha lição.
Com contador não se briga!