PMDB, uma orquestra desafinada – Heron Cid
Opinião

PMDB, uma orquestra desafinada

26 de março de 2017 às 22h50 Por Heron Cid
No partido, cada instrumento toca uma música diferente ao mesmo tempo

O PMDB volta, finalmente, a se reunir nesta segunda, depois de idas e vindas. Mais coerente dizer que as bandas do partido se encontram para ensaiar cada qual uma sinfonia diferente.

Um pedaço do PMDB – ligado circunstancialmente ao governador Ricardo Coutinho – vai pedir  uma reconsideração sobre o rumo adotado pelo comando da legenda na linha de oposição ao Governo.

O agrupamento do senador José Maranhão renovará argumentos de que o o PSB maltratou e nunca deu dimensão real e proporcional ao tamanho do PMDB.

Os que pregam uma recomposição com Ricardo estão mais preocupados com suas respectivas sobrevivências nos municípios de suas bases.

Todos eles acumulam desconfortos e não conseguem a mínima convivência com o PSDB, por exemplo, de quem são rivais locais.

Os defensores da manutenção da aliança com a oposição olham pro futuro. Acham mais vantajosas as perspectivas de espaços a partir da eleição de 2018, a começar pela Prefeitura de João Pessoa.

Como o PMDB está acostumado a jogar com o relógio, provavelmente o encontro pouco produzirá de novidade concreta. E o partido sairá com cada componente tocando a sua própria nota.

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