A resiliente Folha de Pernambuco (por Magno Martins) – Heron Cid
Opinião

A resiliente Folha de Pernambuco (por Magno Martins)

9 de abril de 2021 às 09h46 Por Heron Cid

Em meio às profundas mutações que o jornalismo impresso vem sofrendo no mundo, decorrência do avanço das plataformas digitais, a Folha de Pernambuco completou, sábado passado, seu 23º aniversário num cenário ímpar, no qual o seu principal concorrente, o Jornal do Commercio, virou 100% digital, deixando de chegar em papel aos assinantes, suspendendo, consequentemente, a venda avulsa nas bancas.

A vitalidade da Folha e a forte resistência se dão, naturalmente, à visão empreendedora e ao dinamismo do empresário Eduardo Monteiro, seu presidente. Corajoso e obstinado, Eduardo abriu o jornal depois de uma experiência bem-sucedida à frente do Diário de Pernambuco. Com isso, criou a terceira via impressa no Estado e logo na largada o periódico virou fenômeno de venda avulsa, caindo na graça do povo.

“A Folha de Pernambuco é um jornal que enfrentou e enfrenta todos os tipos de adversidades. Mas é resiliente. Não se dobra. Adapta-se às mudanças. Foi assim quando a criamos, enfrentando um mercado onde existiam dois jornais em circulação no Estado, um secular e outro em vias de ser centenário. Nascemos. Criamos nosso espaço. Nos consolidamos em meio às inúmeras crises econômicas e políticas. Fomos resilientes”, diz Eduardo.

E acrescenta: “Chegamos à maturidade. Mudamos a direção das velas. Modificamos radicalmente nossa linha editorial. Podemos ter perdido alguma fatia de mercado, mas ganhamos outras. Não nos abalamos. Seguimos resilientes. Fizemos o mesmo ao mudar nosso formato de standard para berliner”. Em editorial na primeira página da edição comemorativa, Eduardo Monteiro foi mais além.

“Economia no custo do papel que compramos em dólar? Sim! Mais uma prova do quanto podemos ser resilientes. O digital, que já vinha se avizinhando, chegou como prova, diria, cabal. E mais uma vez fomos testados. E mais uma vez não nos apequenamos. Evoluímos. Se há algo que essa pandemia nos ensinou foi a sermos fortes. A sermos resilientes. A Folha de Pernambuco se manterá nas bancas e em todos os canais digitais”, disse.

Disse, ainda: “Joãos, Josés e Marias vão encontrá-la no jornal impresso, que é rodado na gráfica da nossa sede, no Bairro do Recife, há exatos 23 anos. Mas a nossa presença também é forte em outras plataformas. A Folha está no portal, nas redes sociais, no rádio. Onde você estiver, a Folha está. Basta acessar o seu smartphone. E todo esse conteúdo diário que vocês encontram nos vários meios de difusão da notícia é feito com esforço, por pessoas resilientes. Dos que manejam as máquinas, dos que buscam informações e as compartilham, dos que fotografam os fatos, dos que se ocupam em comercializar seus espaços publicitários, dos que a dirigem”.

E completou: “São muitas mãos, muitas histórias de resiliência. Na contramão de outros jornais, neste Domingo de Páscoa reafirmamos nossa força. Nossa crença em dias melhores. Nossa certeza de que estaremos aqui, no Bairro do Recife, rodando nosso jornal impresso dia após dia e atualizando nosso portal e redes sociais minuto a minuto, porque o nosso maior compromisso é com você, o nosso leitor. E a você, desejamos resiliência e uma Páscoa de fé e esperança em melhores dias!”

Blog do Magno Martins

Comentários