A volta do cipó de aroeira na eleição da Câmara de Campina – Heron Cid
Bastidores

A volta do cipó de aroeira na eleição da Câmara de Campina

22 de dezembro de 2020 às 11h06

Poucos minutos após postagem aqui com presumido desabafo da presidente da Câmara, Ivonete Ludgério (PSD), que vê se esvaindo de suas mãos apoios de colegas para nova recondução no Poder, privilegiado personagem da cena política campinense mandou enigmática mensagem ao Blog: “É a volta do cipó de aroeira”.

A intenção, interpretei logo em seguida depois de rápida reflexão, era traduzir as motivações viscerais do movimento que deixa Ivonete e fortalece Marinaldo Cardoso (PRB), quatro anos atrás melancolicamente descartado em acordo de eleição dupla desfeito em plena sessão de abertura dos trabalhos.

Na canção do paraibano Geraldo Vandré, de 1967, há uma profecia: “No dia que já vem vindo/ Que esse mundo vai girar…”

Aroreira (Geraldo Vandré-1967)

Vim de longe, vou mais longe
Quem tem fé vai me esperar
Escrevendo numa conta
Pra junto a gente cobrar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar
Noite e dia vêm de longe
Branco e preto a trabalhar
E o dono senhor de tudo
Sentado, mandando dar.
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
Marinheiro, marinheiro
Quero ver você no mar
Eu também sou marinheiro
Eu também sei governar.
Madeira de dar em doido
Vai descer até quebrar
É a volta do cipó de arueira
No lombo de quem mandou dar.

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