Sócio benemérito do Recifilis (por Magno Martins) – Heron Cid
Opinião

Sócio benemérito do Recifilis (por Magno Martins)

10 de novembro de 2020 às 10h21 Por Heron Cid

(Recife-PE) – Quem perdeu ou quem ganhou na adesão de Bolsonaro ao palanque virtual da candidata do Podemos à prefeita do Recife, Patrícia Domingos? Ninguém. Ambos perderam. A delegada não ganha um só voto. No Recife, o bolsonarismo só conjuga o verbo subtrair. A delegada vai carregar um fardo. Bolsonaro ganhou no Recife, é verdade, mas em cima de um voto intransferível, o eleitor do voto de protesto.

O presidente caiu na maior roubada da sua história política. Foi jogado na fogueira pelo amigo Gilson Neto, a quem nomeou presidente da Embratur. O que Bolsonaro ganhou nem mesmo Gilson, que aprontou, sabe responder. Mas eu sei.

Bolsonaro ganhou o título de sócio benemérito de cidadão do Recifilis. Adoçou os lábios de quem lá atrás o trocou por Sérgio Moro, apunhalando-o covardemente pelas costas. Comprou a briga com um recifense de orgulho ferido, que viu seu povo ser classificado de feio, digno do parque dos horrores, por uma mulher de nariz arrebitado, que acha que o mundo gira em torno da sua venta de carioquês.

Bolsonaro ganhou e muito a antipatia do povo recifense, que já o enxerga com olho enviesado. Em política, o feio é perder, já profetizou Tancredo Neves. Mas existem derrotas que, além de feias, são ridículas. Bolsonaro já está inscrito no Guines da zombação eleitoral de forma antecipada. A derrota anunciada da delegada não será mais órfã no Recife. O pai já tem nome e atende por Jair Messias Bolsonaro.

Bem que o capitão poderia ter evitado igual vexame. Se conselho fosse bom não se dava, era vendido, aprendi desde cedo com minha avó. O conselheiro Gilson Neto não cobrou nenhuma prata pelo aconselhamento. Mas, certamente, vai levar um carão lá na frente quando as urnas do Recife forem abertas e a delegada despontar com votação anã.

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