Santo Agostinho dizia que nada coleciona mais vitórias do que a paciência. No mundo da urgência, o atributo é um desafio.
O governador João Azevêdo tem sido testado a exercitar essa qualidade.
Menos pelos ataques de adversários e dificuldades de um mandato em plena recessão e de atritos com o Planalto.
Mais pelo terreno movediço que precisa enfrentar diariamente dentro de “casa”, entre aliados mesmo.
Poucos foram os que sinceramente vibraram e ecoaram os números favoráveis ao governo na avaliação feita pelo Instituto Opinião/Arapuan.
Ao contrário. As reações mais intestinas oscilaram de silêncio até a mau humor e críticas veladas.
Não por acaso o governador precisou respirar ontem nas suas redes sociais.
No Instagram, pegou o gancho do show de Lenine, na abertura do Festival Jackson do Pandeiro, e postou a canção Paciência.
Na legenda, saiu do seu script habitual e escreveu: “Às vezes, temos que ter PACIÊNCIA”. Assim mesmo, em caixa alta. Pra não restar dúvida da mensagem.
Santo Agostinho já deixou a lição, muitos séculos atrás.
Paciência (Lenine)
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não
Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara
A vida não para não
A vida é tão rara