O ministro dos Transportes, Renan Filho, desembarca nesta sexta-feira em João Pessoa. A agenda será curiosamente numa sexta-feira 13, uma data até compatível para visitar uma obra que vem sendo um pesadelo para os moradores de João Pessoa e Cabedelo.
Renan Filho, por sorte, não é adepto a superstições. Se fosse temeria protestos da população e reclames dos representantes federais paraibanos contra os maus agouros da obra.
Autorizada desde 2017, a intervenção que pretende triplicar a br-230 de Cabedelo a João Pessoa já passou por três governos, se arrasta há sete anos e nos condenou à pouca sorte.
O ritmo é lento, quase parando, e tem sido mais notabilizada pelos acidentes, falta de sinalização, descaso, prejuízos aos comerciantes e valores frequentemente reajustados no seu preço.
Essa insatisfação do cidadão da capital e Cabedelo foi denunciada de viva voz pelo autor do Blog no programa Hora H, da Rede Mais Rádios, durante entrevista ao presidente Lula. Questionado, Lula revelou ter falado com o próprio Renan sobre o problema e prometeu agilidade e conclusão da obra ainda no seu governo.
São 28 quilômetros, 13 viadutos e 14 passarelas na extensão da BR. Pelo ritmo do andamento, pode demorar a idade dos vampiros. Além da lentidão, transtornos e a aparente falta de volume de equipe para imprimir rapidez e qualidade em satisfação a 1,3 milhões de habitantes alcançados pelo serviço.
São esses mesmos moradores e o agonizante comércio situado às margens da obra que esperam ouvir a estipulação de prazos concretos e garantia de agilidade. Que esta sexta-feira 13 inspire o ministro, acompanhado de autoridades que se perfilarão ao seu lado por uma foto, a exorcizar de vez esse fantasma. Do contrário, a assombração continuará atormentando motoristas e azarando a vida do cidadão.