Calvário: a cobrança do Gaeco e a promessa do TRE – Heron Cid
Bastidores

Calvário: a cobrança do Gaeco e a promessa do TRE

8 de dezembro de 2023 às 16h52

O promotor Octávio Paulo Neto, coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba, foi aos microfones para pedir julgamento das denúncias da Operação Calvário, quase cinco anos depois da sua eclosão.

Na Rádio CBN João Pessoa, Octávio chamou de “ridícula” a morosidade do judiciário paraibano na apreciação dos casos. Referia-se, claro, ao festival de suspeições de juízes que se negam a exercer o seu mister e julgar as denúncias. Para condenar ou absolver.

Horas depois, no mesmo dia, o eco da cobrança chegou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Paraíba. A presidente da Corte, Fátima Bezerra, se pronunciou prometendo “celeridade” na tramitação, tão logo o acórdão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desembarque na Paraíba.

“Precisamos que tanto o primeiro grau quanto o segundo grau se debrucem nestes processos, para que haja a celeridade necessária que o povo quer, que a sociedade exige também, como hoje foi pronunciando nos órgãos de informações pelo doutor Octávio [Paulo Neto, coordenador do Gaeco]”, registrou a desembargadora.

Na semana passada, o TSE entendeu que, pela conexão com recursos ilegais de campanha, os casos da Calvário devem ser analisados no âmbito da Justiça Eleitoral.

Uma vitória jurídica para a defesa de Ricardo Coutinho, ex-governador da Paraíba e principal acusado de desvios de recursos da saúde, por meio, principalmente, da Cruz Vermelha, organização social que administrava o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Os advogados evitavam a Justiça Comum.

O Gaeco cobrou julgamento. O TRE prometeu agilidade. Atenta, a Paraíba aguarda o fim dessa via crucis que sangrou e sacrificou dinheiro público da saúde.

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