O ABC da Paraíba na Educação e a pedagogia que João deixa – Heron Cid
Opinião

O ABC da Paraíba na Educação e a pedagogia que João deixa

18 de maio de 2023 às 17h56

A habilidade de leitura de crianças brasileiras está entre as piores do mundo, atesta pesquisa Pirls (Estudo Internacional de Leitura). Alfabetização dos alunos na idade certa é, portanto, uma meta, se o Brasil quiser realmente dar certo enquanto nação no mundo desenvolvido.

A Paraíba topou peitar esse desafio histórico. Com apenas 31% dos alunos no nível desejado e somente 56% alcançando as médias do IDEB em 2021, o Estado lançou um programa educacional focado na alfabetização.

Como se sabe, a responsabilidade constitucional da educação da primeira infância é dos municípios, mas o Governo chamou a responsabilidade para si. E chamou os municípios para perto. Integração do sistema é a palavra de ordem estabelecida no discurso do governador João Azevêdo.

Professor com experiência em sala de aula, João sabe o peso da importância da educação básica para os níveis seguintes e quanto essa base influencia no filtro de quem chega e quem não ultrapassa a barreira do ensino superior.

O Alfabetiza Mais Paraíba enfrenta, corajosa e ousadamente, esse gargalo. A política pública, em forma de projeto de lei enviada à Assembleia, prevê apoio direto às cidades, em avaliações, material didático, premiação de escolas e até incentivo aos municípios via ICMS. São previstos R$ 23 milhões por ano.

Essa ação se soma à construção de 213 creches nos municípios, construção de 49 novas escolas, reforma de outras 220 e o salto de 100 para 302 escolas de tempo integral, o segundo estado do país com mais unidades do tipo.

Pelo formato e decisão política do governador, o Programa tem tudo para virar uma ação permanente de Estado. A adesão dos 223 municípios coroa a iniciativa com um adorno vital: o caráter suprapartidário. Não por acaso, se viu hoje no Centro de Convenções de João Pessoa, local da solenidade que contou com o ministro Camilo Santana, prefeitos de todo alfabeto partidário.

Pela cartilha democrática de João, com a teimosia de um olhar estadista, a política paraibana também tem aprendido essa lição e conjugado o verbo unir, separando os substantivos eleição e administração, e soletrando o ABC da cidadania. Um dever de casa para estas e próximas gerações. De alunos e de gestores. Até o dia que ler na idade certa seja o normal para todos. Não um privilégio de poucos.

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