A Paraíba é um estado de política permanente, como sintetizou o slogan do ParlamentoPB, da valorosa jornalista Cláudia Carvalho. O debate político paraibano insiste em manter coerente a sacada de Cláudia.
Operários do palanque de 2022 até tentam descansar, mas não conseguem desarmá-lo. Os movimentos de lideranças políticas garantem a fatura já etiquetada com o selo do distante ano de 2026.
Nesse atacado, candidaturas já estão precocemente no varejão de desejos.
Na boca da ágora local, o deputado Hugo Motta (Republicanos) já é encarado como virtual candidato ao Senado. O senador Efraim Filho (União) já teria carro na pista imaginária da disputa ao governo, pela oposição.
De tanta insistência dos repórteres, o governador João Azevêdo (PSB) teve que soltar um “é provável” sobre a óbvia e natural possibilidade de disputar outro cargo, quando se desincompatibilizar em 2026.
Convém lembrar que esse debate, com recorde antecipação de quatro anos, é assunto restritíssimo às rodas dos políticos e aos sussurros dos assessores, replicados em on pelos jornalistas. Um tema que ajuda mais no off.
Winston Churchill já disse que “a política é a habilidade de prever o que vai acontecer amanhã, na semana que vem, no mês que vem e no ano que vem. E ter a habilidade de explicar depois por que nada daquilo aconteceu”.
Para o interesse do cidadão comum, 2026 é pensado, no máximo, como ano de Copa do Mundo e, quem sabe, acompanhado de alguma torcida para que a seleção nos redima da fraca participação no Catar.
Chutar esse bola agora é cobrar pênalti sem trave, num estádio só com diretorias na arquibancada. Um risco enorme de perda de energia e chance de estressar a torcida que ainda está longe do campo. Ocupada em conseguir sobreviver para pagar o ingresso quando a hora do campeonato, realmente, chegar.