Em Sousa, no sertão paraibano, todo mundo sabe e até a oposição não ignora a aprovação da gestão do prefeito Fábio Tyrone (PSB). Reeleito com 70% dos votos, Tyrone convive com situação confortável até a turbulência que fissurou seu grupo.
A definição prévia em torno do vice-prefeito e empresário Zenildo Oliveira (PSB) precipitou um rompimento político no bloco governista. Tyrone decidiu pela ruptura com o ex-prefeito João Estrela (PDT) e o médico e empresário Gilberto Sarmento, interessado na sucessão.
Alegou traição a acordos políticos. O discurso se sustenta em parte. Todos os vereadores que teriam embarcado na trama que resultou num opositor na presidência da Câmara Municipal foram devidamente anistiados. Fábio só não perdoa João e Gilberto.
O que leva a crer que, de algum forma, o afastamento contemplou um desejo estratégico do prefeito. Um processo de depuração interna.
Nesse caldeirão, ganhou força o tempero do nome do Chefe de Gabinete do Prefeito, advogado Helder Carvalho. Ele tem trânsito livre em Sousa. Do bom relacionamento com a classe política à penetração via ação social com as populações mais carentes.
A oposição tradicional, liderada pelo clã Gadelha, se articula para formar aliança com Estrela e Gilberto. Ensaiam uma frente ampla para tentar enfrentar e surpreender o favoritismo do bloco governista. O que levará o prefeito à cautela de avaliar bem as escolhas.
Dizem que quem tem só um não tem nenhum. Com consolida aprovação de gestão˜ão, Tyrone chegará em 2024 com o benefício de duas respeitáveis opções. Fazer a escolha certa é o grande desafio. A oposição torcerá pelo contrário.
