No meio das bombas da política paraibana tem uma lenha em falta: projetos.
Sobram candidatos à sucessão estadual e falta um debate consequente sobre o atual momento da Paraíba, seus graves problemas, e o que pode ser proposto para o futuro.
O debate público está, até aqui, restrito à discussão partidária, a formação de chapas e a crítica pela crítica. Ou no máximo a agenda intensa de pré-campanha, termo bonito para esconder campanha fora de época.
A sociedade e as instituições esperam mais do que bravatas, conchavos e intrigas.
É preciso alguém começar a responder, a começar do próprio governo: o que pode ser feito aqui na Paraíba para vencer o desafio do emagrecimento da renda dos cidadãos, espremidos nos supermercados e trocando feiras por pequenas compras, substituindo marcas de produto para conseguir passar no caixa?
De que forma a Paraíba pode trabalhar para recuperar empregos e gerar oportunidades? Como transformar em riqueza as águas do rio São Francisco que já banham os sertões e cariris da Paraíba?
O estado precisa de menos barulho, menos politicagem e mais caminhos, ideias e projetos. Aliás, projeto é uma mercadoria em falta na prateleira da sucessão estadual.
O contrário disso são outros tipos de projetos: os de poder. Ou o que é pior, os pessoais.