A despedida de um amigo que descansou da batalha – Heron Cid
Crônicas

A despedida de um amigo que descansou da batalha

13 de maio de 2022 às 14h30

Antônio de Pádua Lucena de Oliveira, 67 anos, e sua família, me acolheram num dos momentos de grande adversidade. Um gesto solidário do qual nunca esqueci e guardei do lado esquerdo do peito.

Pai amoroso e protetor de minha amiga de faculdade, Renata Virgínia, de Túlio e de Thaís, era um líder na sua casa e dividiu a vida com dona Ilzanete, esposa valorosa. Avó devotado das pequenas Laís e Bianca e conselheiro sogro de Luciano e Karen.

Profissional exemplar, homem íntegro e referência na área de seguros no estado da Paraíba, sócio diretor da Kyoto Seguros desde 1997, também trabalhou 21 anos no Banco do Brasil, inclusive na agência de Cajazeiras (1977 e 1983).

Não por acaso, encontrei-o há um mês numa clínica de imagem em João Pessoa. O dia era de paradoxos.

Eu com Marly Lúcio, minha esposa, e Benjamim, meu caçula, acabando de celebrar a ultrassonografia com a chegada de mais um filho.

Ele ao lado da filha Renata, lutando pela vida, contra um câncer, e confiante no milagre da cura de sua enfermidade, mas resignado na fé da vida eterna.

Deus marcou aquele encontro surpreendente para me dar a oportunidade de pessoalmente agradecê-lo pela mão estendida numa hora difícil.

Dessa vez, era a minha mão segurando a dele na oração em que choramos juntos louvando ao nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.

Pádua era um estudioso da Bíblia, um servo e crente em Deus, e a essa hora já está desfrutando da paz e do descanso que só achamos nos verdes campos e nos braços do nosso Pai.

À família dele, que também é minha, meu abraço de fé. Meu ombro de solidariedade.

Velório nesta sexta-feira
Local: Parque das Acácias
Cerimônia: 15h
Sepultamento: 16h

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