Análise: no calor da pré-campanha, João jogou água gelada na sucessão – Heron Cid
Opinião

Análise: no calor da pré-campanha, João jogou água gelada na sucessão

25 de abril de 2022 às 15h24
Enquanto adversários botam fogo na fase inicial da campanha, governador congelou debate eleitoral por duas semanas

Durante duas semanas de recesso na Europa, o governador João Azevêdo (PSB) deixou a sucessão estadual em stand-by.

Querendo ou não, uma eleição majoritária funciona na órbita do candidato à reeleição. É o ritmo dele quem geralmente dita o compasso, porque a roda política gira, na defesa ou no ataque, em torno do protagonista central.

No período, adversários gastaram o tempo entre críticas contra a a viagem particular do governador, o que era previsível, e a tentativa de criar fatos novos, com adesões.

Veneziano Vital, Nilvan Ferreira e Pedro Cunha Lima, cada qual com sua estratégia, se esmeraram em divulgação de vídeos e de releases.

Mas, nesse ínterim, não puderam contar com o principal: com quem polarizar diretamente, com o bateu levou nas entrevistas à imprensa.

A viagem de João nessa fase da pré-campanha também deixou inevitável pulga atrás da orelha de muita gente.

Por que no momento sensível em que adversários estão com o bloco na rua Azevêdo estacionou o carro em Portugal para relaxar dos dois anos pesados no front da pandemia?

Poderia ser logo interpretado como um gesto de quem jogou a toalha. Ou simplesmente uma demonstração prática de controle e domínio da situação e do quadro.

Pelo sim ou não, as férias de João deixaram no ar a impressão de que, enquanto os adversários esquentam o solado na pré-campanha, o governador está de cabeça fria.

Qual carta, então, ele tem na manga?

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