Durante duas semanas de recesso na Europa, o governador João Azevêdo (PSB) deixou a sucessão estadual em stand-by.
Querendo ou não, uma eleição majoritária funciona na órbita do candidato à reeleição. É o ritmo dele quem geralmente dita o compasso, porque a roda política gira, na defesa ou no ataque, em torno do protagonista central.
No período, adversários gastaram o tempo entre críticas contra a a viagem particular do governador, o que era previsível, e a tentativa de criar fatos novos, com adesões.
Veneziano Vital, Nilvan Ferreira e Pedro Cunha Lima, cada qual com sua estratégia, se esmeraram em divulgação de vídeos e de releases.
Mas, nesse ínterim, não puderam contar com o principal: com quem polarizar diretamente, com o bateu levou nas entrevistas à imprensa.
A viagem de João nessa fase da pré-campanha também deixou inevitável pulga atrás da orelha de muita gente.
Por que no momento sensível em que adversários estão com o bloco na rua Azevêdo estacionou o carro em Portugal para relaxar dos dois anos pesados no front da pandemia?
Poderia ser logo interpretado como um gesto de quem jogou a toalha. Ou simplesmente uma demonstração prática de controle e domínio da situação e do quadro.
Pelo sim ou não, as férias de João deixaram no ar a impressão de que, enquanto os adversários esquentam o solado na pré-campanha, o governador está de cabeça fria.
Qual carta, então, ele tem na manga?