Histórica ilha num Nordeste dominado por governantes de esquerda, Campina Grande (PB) tem no prefeito Bruno Cunha Lima (PSD), cristão evangélico, um gestor de direita, conservador nos costumes e liberal na economia e visão de estado.
Para contrapor o estilo e método, a oposição da cidade não poderia ter sido mais ousada. A bancada oposicionista caprichou e escalou hoje para liderar o contraponto ao prefeito na Câmara a vereadora Jô Oliveira, do PCdoB.
Mulher, negra e comunista de filiação, Jô é a antítese simbólica de Bruno, originário de família tradicional da política e enquadrado hoje em dia no que os cientistas sociais convencionaram chamar de “homem branco, rico e hétero”.
E o duelo político ideológico, se houver, promete ser “o maior do mundo”! Tem coisas que só Campina Grande é capaz de fazer.