Nem Harrison Targino e nem Maria Cristina Santiago. Raoni Vita chega na reta final da campanha se esforçando para nivelar conceitual e politicamente os seus dois adversários.
Para ser mais claro. A estratégia é imputar a Targino a carga de eventuais desgastes da atual gestão e tirar de Kiu a legitimidade de oposição.
“Até três meses atrás ela tentativa ser candidata da gestão. Odon Bezerra, um dos principais apoiadores da campanha, disse que aceitaria o apoio de Paulo Maia. Quem é oposição não cogita isso”, historiou.
Para Raoni, as duas candidaturas são a fratura de uma briga interna. “A atual gestão se dividiu em duas candidaturas”, acentuou.
Na entrevista ao autor do Blog, durante sabatina da Rede Mais, o último candidato repeliu duramente a tentativa de Maria Cristina de vincular os adversários a partidos políticos.
Ele rebateu lembrando que não é possível que a advocacia eleitoralista sofra a mesma criminalização da advocacia criminalista. “Não se pode confundir advogado com o cliente”, repudiou.
Raoni demonstrou segurança e, de fato, pelo histórico de contraponto tem credibilidade para sustentar o discurso de oposição. Rompeu desde o princípio com quem ajudou a eleger.
Só tem um detalhe. Ao brigar para se firmar e se apresentar como a “verdadeira oposição”, esbarra numa pilastra: a gestão que combate tem alta aprovação entre os advogados paraibanos.