É cedo para colher o real impacto da renúncia da advogada Izabelle Ramalho, até então candidata à vice e presença agregadora na campanha de Harrison Targino à presidência da OAB. Já dá, entretanto, pra dizer de cara. A providência pelo desligamento foi assertiva.
Ela foi alvo de impugnação tanto pela candidatura de Maria Cristina Santiago quanto de Raoni Vita. Alegam seus adversários que a advogada não possui os cinco anos ininterruptos de advocacia exigidos para participação na chapa.
Ela argumenta em contraponto; se licenciou dois anos para qualificação em mestrado. Até poderia caber um debate: esse tipo de afastamento invalida a contagem do exercício? Isabelle não quis esticar a corda. Se antecipou a eventual desfecho negativo e saiu das cordas.
Ao que sinaliza sua justificativa, não insistiu em transformar uma questão individual em prejuízo ao “foco” da campanha no coletivo da advocacia e contra o “movimento” que integra. Deu um gesto para dentro com uma mensagem para fora dos muros da eleição classista.
Mas, qual será mesmo o impacto desse ‘fato novo’ na campanha? No comunicado da renúncia, Isabelle ajuda com uma pista: “E quem pensou que ia me calar estava enganada”.
Cutucaram e agora entra em cena uma fera ferida. A quinze dias da hora da onça beber água.