Derramado está o leite da aliança entre o governador João Azevêdo e o senador Veneziano Vital (MDB), depois do cisma em Campina Grande. Não é mais caso de especulação ou de palavras nas entrelinhas. Foi tudo para o ventilador.
A questão agora é o dia seguinte e uma pergunta recorrente entre as principais lideranças paraibanas e curiosos da ágora paraibana: ainda tem jeito, há conserto para um cristal sabidamente estilhaçado?
A união que teve o ponto alto em 2018 chegou ao volume morto. Nem João confia mais em Veneziano e nem este encontra mais ambiente confortável no Palácio.
O primeiro acha que o segundo se mexe e se comporta como candidato em 2022 e apenas adia – dentro do governo – o que virá mais adiante.
Veneziano desconfia da esquiva de João em atender sua reivindicação, a vice para Ana Cláudia, enquanto avançam as tratativas da aliança palaciana com o PP e fumegam os rumores em torno de Romero Rodrigues (PSD).
A reconciliação, depois do alvoroço público na Cagepa em Campina, é complexa. Sobretudo, porque a torcida pelo racha é muito maior do que as gestões isoladas para a superação.
Um dos dois teria que ceder. E nenhum dos lados parece disposto.
Fingir que nada aconteceu e que está tudo bem já não cabe mais no casamento em franca desarmonia e a caminho da dissolução. Desde Belchior, as aparências já não enganam não…