A inteligência emocional de Juliette – Heron Cid
Opinião

A inteligência emocional de Juliette

18 de junho de 2021 às 13h38
Paraibana aprendeu "neurociência" na faculdade da vida

Dentro da casa mais famosa do Brasil, Juliette Freire mostrou posição e não teve vergonha de ser julgada.

A postura transparente e autêntica fez dela uma explosão nacional.

Fora do BBB, a paraibana mantém a linha. Na sua coletiva hoje, falou sobre como encara o momento do Brasil.

Questionada pelo jornalista Wallison Bezerra, do Portal MaisPB, disse o que todo brasileiro com boa saúde emocional e senso crítico concorda: a situação de um país mergulhado na crise da pandemia, com efeitos econômicos incalculáveis e a perda insubstituível de 500 mil cidadãos, faz de nós uma Nação abatida e fragilizada.

A maquiadora foi perspicaz nas palavras. Para dizer o óbvio, não precisou fazer política e nem criticar diretamente ninguém. Não caiu na tentação fácil de fulanizar a crise.

Falou como cidadã, antenada com as dores do Brasil. Não como militante de A ou B. O que teria, automaticamente, consequências. Para o bem e para o mal.

“Eu não defendo partido, não defendo pessoas, eu defendo ideias”, arrematou com sabedoria de provocar inveja em veteranos.

Juliette entendeu que precisa estar acima disso. E está.

E deu mais uma prova de que o seu maior ativo chama-se inteligência emocional. Não basta ser e nem saber fazer. É preciso saber ser, como, quando.

Uma qualidade que ela usou ao máximo na tensão do confinamento ao escolher o jogo de não jogar, de calar e falar na hora certa, como ensina Eclesiastes.

Logo ao sair, demostrou de novo que sabe pensar com os neurônios. Não com o impulso das vaidades.

Convidada à queima roupa pelo cantor Luana Santana para gravar um clipe, disse elegantemente “não”.

Para aparecer cantando pela primeira vez, escolheu o emblemático Gilberto Gil para cantar forró. Gil e o forró, dois patrimônios culturais do país, duas referências que casam com o perfil e a história da menina de Campina Grande.

Juliette domina a emoção com inteligência. E faz da mistura de inteligência e emoção o produto do seu maior talento. Aquele que garantiu seu ingresso ao clube dos fenômenos, dos raros. No caso dela, uma neurociência aprendida na faculdade da vida.

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