Das redações, onde conheci Marly Lúcio, ao cotidiano que há anos dividimos, respiramos o mesmo oxigênio da notícia.
Já a vi no front, intensa e obstinada pela melhor manchete. Já estivemos em lados opostos, ela na gestão pública, eu no exercício da apuração e da crítica.
Sempre houve admiração e respeito.
Hoje em dia, vejo bem de perto o seu mesmo esmero, agora com toda bagagem acumulada integralmente dedicada ao trabalho empresarial de assessoria, posicionamento e construção de imagem.
E como administrar as individualidades, particularidades, conflitos de interesses, atuações distintas e por vezes divergentes, no mesmo espaço, debaixo do mesmo teto?
Sem invadir o sagrado território profissional do outro. É um exercício perene de tolerância.
Nos poucos erros, conselhos e ponderações. Nos muito acertos, muitos, muitos elogios.
Nessa lida esfuziante de um casal de jornalistas, costuma sempre faltar tempo. Aí não tem outro jeito; precisa sobrar compreensão.
Tem sido assim.
Uma jornada de admiração que se renova a cada manhã. Porque, quando olho ao lado, ora vejo o despertar manso da esposa, ora vejo a adrenalina da jornalista em ação no computador.
Respiro e suspiro pelas duas.
*Em 7 de Abril de 2021 (Dia do Jornalista)