Quer dizer que o articulista que se preze tem de falar hoje sobre o 31 de março de 1964? É sério isso? E eu achando, como Belchior, “que o passado é uma roupa que não nos serve mais”.
Nessas horas, só queria saber escrever no estilo Kubitschek Pinheiro, que fala de coisas seríssimas levando na esportiva. E sempre faz gol. Ou será que ele, na verdade, tira onda de assuntos sérios?
Agora, surfei na dúvida.
Mas, nem sendo Givaldo Medeiros e doutor em psiquiatria o sujeito consegue entender porque diabos estamos, em plena pandemia, discutindo a ditadura militar de décadas atrás.
Só mesmo a poesia de Hildeberto Barbosa Filho e o som do Clube da Esquina para nos salvar nessa hora.
Bom, já é “Hora do Almoço”, moço! E dona Marizete está ali na cozinha fritando peixe da doce água de Marizópolis. Fique peixe! Para o bem geral da Nação daqui de casa, eu fico!
Feito João Pessoa, nego. Só não nego que ele foi um filho da mãe com Anayde Beiriz e João Dantas ao publicar cartas íntimas de um casal de amantes no jornal oficial do Estado.
Provocou, sem saber, a Revolução de 1930. Revolução ou Golpe? Depende. De quem olha hoje, de quem sentiu ontem. Para o getulistas, moleza. Para quem perdeu, a dita foi dura.
E 1964? Perguntem a Nelson Rodrigues. Perguntem a Elio Gaspari.
É trágica e cômica essa pegadinha convertida em “debate” (inútil), onde uns louvam a ditadura de cá, mas condenam o chavismo na Venezuela e outros esculhambam o regime militar daqui, mas acham fofinho o de Cuba e dos irmãos Castro.
Tem revolucionário de mais no tuíte deitado eternamente na rede esplêndida. De esquerda, de direita, de baixo e de riba. “Como tem Zé na Paraíba”!
O Brasil já foi mais inteligente, Geraldo Vandré. E eu só tenho saudade do futuro. Já vou mainha…