Nunca se morreu tanto no Brasil como neste trágico março. Até hoje, as autoridades sanitárias registraram, oficialmente, 45.401 óbitos num mês que ainda tem uma semana pela frente.
A terça-feira terminou com um saldo 3.251 mortes em 24 horas. Marchamos, catatonicamente, para 300 mil brasileiros mortos desde o princípio da pandemia.
O desastre indica o tamanho da responsabilidade do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que foi formalmente empossado, uma semana depois de anunciado.
A letalidade da nova onda da pandemia é chocante e precisa provocar uma discussão profunda na sociedade brasileira (população e governantes): onde erramos e o que fazer para conter a atual evitar novas catástrofes?
A pergunta precisa calar ainda mais fundo na alma de todos quanto, por desinformação ou má vontade, minimizaram o perigo do vírus e banalizaram as perdas de vidas humanas.
Tanta gente não pode ter morrido em vão. E nem tantos outros podem continuar descendo à sepultura.
Turvas e carregadas de tristeza, as águas deste março não fecharão o verão em 2021. Ainda não fez sol. Só chove dor.