Com aprovação de projeto, pressão evangélica agora muda de endereço – Heron Cid
Bastidores

Com aprovação de projeto, pressão evangélica agora muda de endereço

4 de março de 2021 às 17h25
Paço Municipal de João Pessoa, a sede oficial do Executivo pessoense

O movimento de pastores, líderes religiosos e fiéis deu o primeiro efeito. Com apenas um voto contrário, e de um vereador evangélico, Marcos Henriques (PT), a Câmara de João Pessoa aprovou projeto de Lei que transforma as igrejas em serviço essencial.

A iniciativa, de autoria do vereador Carlão do Bem (Patriota), abre espaço para o debate jurídico da volta dos cultos, missas e celebrações religiosas.

A discussão eclodiu logo após o decreto estadual que suspendeu as cerimônias presenciais. Ao contrário do que parece, de todas as religiões, frise-se.

A suspensão gerou reação de líderes religiosos, entre eles o deputado estadual Jutay Meneses (Republicanos).

A pressão cresceu nas redes sociais. O governador João Azevêdo (Cidadania) foi a público explicar o decreto e garantir que não há proibição de funcionamento das igrejas e nem dos serviços assistenciais.

A única vedação concreta é da realização de cultos e missas com aglomerações de fiéis.

O movimento de pressão agora muda de endereço. Sai do Estado e vai para o prefeito Cícero Lucena (PP). Cabe a ele sancionar ou não a lei. E mesmo assim, não há garantias de que o projeto reverta o estabelecido no decreto estadual.

De concreto até agora, só uma coisa: a pressão dos evangélicos tem força e mobiliza.

A questão principal, todavia, passa a ser outra. Com recordes diários de mortes, estamos num momento que encoraja a brigar para ter o direito de correr o risco de contaminar e ser contaminado?

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