O Brasil atingiu, ontem, dia 02.03.2021, 1.726 mortes. Hoje, 03.03.2021, o dia conseguiu o pior: 1.840 óbitos, o maior pico desde o início da pandemia.
E olhe que chegamos a pensar, ano passado, que a situação estava controlada. Febril engano.
O dado não é só desolador, como explicita de uma vez por todas uma realidade científica e prática.
O desastre ocorre exatamente 14 dias (duas semanas) depois do carnaval, quando – apesar das proibições – milhões ignoraram as regras e fizeram aglomerações assustadoras pelo país agora.
Atente para o número: 14 dias. O ciclo exato da doença provocada pelo novo coronavírus.
Nenhuma coincidência. Só constatação. A covid se alimenta do contato. Para contaminar e matar, o vírus precisa de pessoas perto de pessoas.
De preferência, sem cuidados, numa folia de ignorância e insensibilidade.
A matemática é cruelmente simples e fria; quanto mais contato, mais contágio, mais mortes!
Os números estão aí para dolorosamente mostrar e abrir os olhos de quem, apesar de tudo, ainda não quer ver.
O carnaval de 2021, que oficialmente não existiu, será para sempre lembrado. E não será pela alegria.
Na histeria do bloco do eu sozinho, poucos ouviram o som da razão.