Duas reações diferentes dentro do seio da igreja evangélica quanto ao decreto estadual que suspende celebrações religiosas pelos próximos quinze dias, como uma das medidas para diminuir a disseminação do novo coronavírus na Paraíba.
Parte decidiu acatar a norma, como a Igreja Evangélica Batista de Jaguaribe, do pastor Tomaz Munguba por exemplo.
Mas, houve reação e críticas de segmentos para quem a proibição de cultos e missas discrimina as igrejas, único setor que fechará totalmente durante o período.
Mesmo da base do governo na Assembleia, o pastor e deputado estadual Jutay Meneses (Republicanos) criticou a medida: “Nós, enquanto igreja não somos diferentes ou inferiores dos segmentos que vão poder continuar abertos”.
Sérgio Queiroz, da Cidade Viva, se disse indignado com a “maneira como as igrejas estão sendo tratadas nesse processo, como se fossem elas a razão do problema, as culpadas pelo aumento da pandemia”.
Ele perguntou: “O que é mais fácil contaminar-se numa mesa de bar, onde todos estão sem máscaras, ou na igreja, onde todos estão com máscaras”?
Para o apóstolo Rômulo Pinheiro, da Igreja Sal e Luz, “foi a partir do mal exemplo da classe política, na campanha e comemorações, que a coisa degringolou”.
Para estes líderes evangélicos, o decreto cometeu um pecado: quebrou a isonomia e penalizou, em especial, um segmento.
Um jugo pesado.