Eleição no Congresso em nada obedece a ritos ideológicos. Funciona o pragmatismo puro mesmo.
O senador mineiro Rodrigo Pacheco (DEM) foi eleito com aval do Planalto. Nem por isso deixou de contar com os votos da bancada do PT.
Na Câmara, o saco de gatos juntou os petistas, a esquerda e muitos “golpistas”, entre eles Rodrigo Maia, o presidente da Casa.
Integrantes ala que rompeu com Bolsonaro no PSL nem ligaram se Arthur Lira era o candidato do Planalto. A escolha, nessas circunstâncias, gira em torno de outros critérios. Pessoais, para ser mais exato.
Por que é assim? Espaços e estruturas em cargos na Mesa é o que movem os parlamentares, independente de razões mais ortodoxos.
Aí nada surpreende. Vale bolsonaristas e petistas juntos no Senado e esquerdistas e “golpistas” na Câmara.
Onde prevalecem mil interesses, ideologia e coerência ficam próximas de zero.