A troca do então PMDB pelo PSB, outrora, foi um movimento pragmático de sobrevivência política. A relação com um havia esgarçado e a migração para o outro trazia alento e perspectiva.
Foi isso que motivou o à época deputado federal Veneziano Vital. Foi isso o que encorajou o hoje senador a fazer o movimento de volta.
A história se repetiu. Como no PMDB antes, o PSB ficou estreito para Veneziano e o ar irrespirável entre pétalas do Jardim Girassol, depois da saída do governador João Azevedo, com quem Vital ficou no fatídico rompimento.
O cenário conspirou em favor de uma volta para “casa”. Uma casa com poucas mudanças. Mudança mesmo só a supressão do P. Nada substancial.
No MDB, Veneziano não construirá a relação do zero. Restabelecerá conexões com um partido que um dia fora o seu, ontem foi do irmão e ainda é da mãe, Nilda Gondim, recém-empossada no Senado.
Veneziano chega, portanto, com muito a entregar à legenda. De partida, dois votos, no exato instante em que o partido precisa de número para ganhar o comando do Senado.
O que muda? Para Veneziano, a perspectiva de, finalmente, ter um partido com penetração estadual que possa formatar sua base própria, sem limite de ação.
Em nível nacional, a desobstrução na relação com o Planalto, que vive de boas com o partido de Fernando Bezerra Coelho. O senador paraibano pode até não querer, mas se quiser tem caminho aberto, inclusive para espaços federais na Paraíba. O que deve acontecer. Cedo ou tarde.
E para o MDB da Paraíba? A sigla ganha sangue novo, jovialidade, dinamismo e possibilidade de reagrupar forças capazes de devolvê-la o tamanho e influência que já teve.
Resumo: bom para os dois lados. Nem tanto para o maranhismo raiz.