
Poucos minutos após postagem aqui com presumido desabafo da presidente da Câmara, Ivonete Ludgério (PSD), que vê se esvaindo de suas mãos apoios de colegas para nova recondução no Poder, privilegiado personagem da cena política campinense mandou enigmática mensagem ao Blog: “É a volta do cipó de aroeira”.
A intenção, interpretei logo em seguida depois de rápida reflexão, era traduzir as motivações viscerais do movimento que deixa Ivonete e fortalece Marinaldo Cardoso (PRB), quatro anos atrás melancolicamente descartado em acordo de eleição dupla desfeito em plena sessão de abertura dos trabalhos.
Na canção do paraibano Geraldo Vandré, de 1967, há uma profecia: “No dia que já vem vindo/ Que esse mundo vai girar…”
Aroreira (Geraldo Vandré-1967)
Vim de longe, vou mais longe
 Quem tem fé vai me esperar
 Escrevendo numa conta
 Pra junto a gente cobrar
 No dia que já vem vindo
 Que esse mundo vai virar
 Noite e dia vêm de longe
 Branco e preto a trabalhar
 E o dono senhor de tudo
 Sentado, mandando dar.
 E a gente fazendo conta
 Pro dia que vai chegar
 Marinheiro, marinheiro
 Quero ver você no mar
 Eu também sou marinheiro
 Eu também sei governar.
 Madeira de dar em doido
 Vai descer até quebrar
 É a volta do cipó de arueira
 No lombo de quem mandou dar.