Em dezembro de 2019, o prefeito Luciano Cartaxo (PV) vivia momento mágico, no ano que antecedia sua sucessão.
Pesquisa do Instituto Opinião, divulgada pelo Portal MaisPB, apontava 68,9% de aprovação de governo.
Tudo favorecia a eleição de um sucessor do seu grupo político, comprometido em sequenciar suas ações.
Luciano não abriu o leque para aliados, como o PSDB, demorou para escolher e quando escolheu fez a opção que causou divisão no seu grupo. Perdeu para a candidatura de Cícero Lucena três dos quatro que postulavam ao cargo.
O resto da história todos já sabem.
Menos de um ano depois e quando Cartaxo se prepara para a despedida, a avaliação de sua gestão já não ostenta mais os índices do apogeu.
Dados do mesmo Instituto Opinião projetam 52,8% de aprovação e 38% de reprovação à administração que caminha para o final.
Compreensível depois do desgaste da pandemia e da derrota de sua candidata, quinta colocada na disputa.
Mas, de toda sorte, o desempenho não é desprezível e tem seu peso. É superior aos índices do governador João Azevêdo (47,4%) e do presidente Jair Bolsonaro (42,4%).
Curioso que Luciano, em pleno segundo turno e onde poderia tirar proveito e usar essa perfomance como diferencial capaz de desequilibrar a disputa, fez a opção de não usar e nem dispor esse patrimônio político.
A decisão de neutralidade mirou no objetivo de tentar preservá-lo para si mesmo. Com um enorme risco de vê-lo se espalhando no ar como tudo que é sólido.