Causou espécie aos integrantes do Ministério Público a fala do advogado e professor universitário Agassiz Filho contra a instituição, no guia eleitoral e nas redes de Ricardo Coutinho, candidato a prefeito de João Pessoa.
O advogado insinuou que a Operação Calvário fez acusações levianas e sem provas contra o ex-governador, gravado pelo operador Daniel Gomes e delatado por pelo menos três dos seus principais ex-secretários na investigação que constatou desvios milionários da Cruz Vermelha, organização social que administrava o Hospital Senador Humberto Lucena, em João Pessoa.
“O papel do Ministério Público não é acusar de forma leviana, sem provas, e utilizando a imprensa como instrumento para convencer a opinião pública. O que está acontecendo neste caso é que o Ministério Público não está prejudicando apenas Ricardo Coutinho. O Ministério Público está prejudicando também o povo da Paraíba e o povo de João Pessoa porque está criando a condição necessária para que as pessoas se confundam e pensem que Ricardo Coutinho de alguma maneira se desviou do caminho ético, sério e profissional que ele sempre observou. O MP está fazendo um desfavor não apenas a Ricardo Coutinho, mas a João Pessoa como um todo, está interferindo, indevidamente, no processo político”, acusou Agassiz, em vídeo para a campanha de Coutinho.
As palavras não ficaram ao vento. A Associação Paraibana do Ministério Público processará o advogado na esfera cível com pedido indenização para reparo dos danos de imagem dos integrantes do MP. Foi o que informou ao Blog o promotor Márcio Gondim, presidente da entidade.
No conceito do professor pós-graduado na Europa, a vítima é Ricardo. O MP é o réu.