Aos 66 anos de idade, Anísio Maia não imaginaria que estaria lutando para ser candidato do partido que fundou quarenta anos atrás e a quem devotadamente serve nas últimas décadas.
A Justiça, entretanto, tem trazido alento e sabor de vitórias na batalha amarga que trava com a direção nacional da sigla. Por último, o comando de Gleisi Hoffman destituiu a comissão municipal de João Pessoa para impor aliança com o PSB.
Hoje, o juiz Fábio Leandro de Alencar, da 64 Zona Eleitoral, suspendeu a “intervenção democrática” decretada por Hoffman e anulou a decisão que mandou uma volante de interventores para João Pessoa com direito a oferecer fundo eleitoral para arrancar conversão de candidatos a vereadores.
Um novo tipo de “pau de arara” nos anos 2020.
Na sentença, o magistrado reativou o diretório presidido por Giucélia Figueiredo e talhou o ato de Gleisi como “ilegal e abusivo”. Um freio no autoritarismo de cúpula.
Independente do resultado das urnas, Anísio já tem uma vitória para chamar de sua no PT. O partido, quase à unanimidade, repeliu o tratamento de sublegenda e fechou com a tese de que ao rei tudo, menos a honra.
Não é mais uma questão de matemática eleitoral. É de dignidade política.