Veículos de comunicação e instituições, por dever jornalístico e social, respectivamente, estão promovendo debates e entrevistas com candidatos.
É obrigação, antes de opção.
Mas, verdade seja dita, neste 2020 o eleitor – no geral – parece estar nem aí para o que os políticos têm a dizer, mesmo sabendo que entre estes estará quem gerenciará e terá a palavra final sobre quase tudo do dia dia da cidade.
Isso, admita-se, é preocupante.
O desinteresse pela política é precedente perigoso, porque abre espaço para que o que é ruim fique ainda pior.
Compreensível, entretanto, esse desencanto, essa falta de apetite do cidadão em acompanhar, pesquisar, contraditar e questionar os postulantes ao domínio do poder.
São muitas as decepções e frustrações.
Não dá pra condenar o eleitor pelo cansaço, o fastio, a ausência de empolgação com o processo eleitoral e democrático.
Esses sintomas são a constatação prática, nua e crua, da falência do viciado modelo político e do excludente sistema partidário.
A eleição, os partidos e os candidatos precisam se reinventar. Antes que o desinteresse pelos debates e entrevistas se transforme em algo pior.
A indisposição do eleitor até de sair de casa para quitar com a Justiça Eleitoral o que ainda é obrigação, o voto.