Os 5 "nãos" de Bruno, o "sim" para novo tipo de campanha – Heron Cid
Opinião

Os 5 “nãos” de Bruno, o “sim” para novo tipo de campanha

2 de outubro de 2020 às 12h37 Por Heron Cid

Será um desperdício ver, neste 2020, o mesmo modelo de campanha de sempre. E essa não deve ser diferente apenas pela pandemia, o que já seria muito. O modelo de campanha tem que ser outro porque o eleitor mudou e a campanha, nos moldes que estamos acostumados, cansou e ficou velha.

Candidato em Campina Grande, o ex-deputado Bruno Cunha Lima (PSD) fez manifestação pública, apresentando cinco pontos do que não fará nessa campanha.

Só a atitude, por si só, já é nova.

No lugar das velhas e surradas promessas, trocou por compromissos de nadar contra a maré, abrindo mão do que quase ninguém abre: a desesperada tentativa de contato, de todo jeito, com o eleitor em tempo de eleição.

Não às aglomerações, não ao tradicional barulho nas ruas, não aos ataques contra adversários, não ao lixo na timeline e não aos acordos e negociatas.

A visão impressa por Bruno na campanha explica porque ele cresceu ao ponto de se consolidar como candidato de um grupo, que, por vontades individuais, tinha outras preferências.

Foi abrindo mão de reeleição certa para deputado estadual em 2018, de fundo partidário para custear despesas eleitorais, de ‘adquirir’ apoios de prefeitos, que ele se consolidou na política, apesar de uma derrota.

Perdeu no número de votos e ganhou no conceito. Aquele tipo de derrota que o derrotado sai vitorioso e maior. Do tamanho que se impôs como candidato, não o mais palatável para os aliados ou padrinhos, mas o que, por si, se fez internamente mais competitivo direto na fonte: o eleitor.

Se eu fosse candidato nesta atípica eleição, copiaria e diria “sim” aos cinco “nãos” de Bruno. Sem a menor cerimônia.

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