Escolha para o STF revela um Bolsonaro "terrivelmente pragmático" – Heron Cid
Opinião

Escolha para o STF revela um Bolsonaro “terrivelmente pragmático”

1 de outubro de 2020 às 21h51 Por Heron Cid
O presidente Jair Bolsonaro e o desermbargador Kassio Nunes Marques Reprodução/Reprodução

Era uma vez um Bolsonaro radical peitando os poderes e chamando ministros do Supremo Tribunal Federal. O Caso Queiroz, o inquérito das fake news, e outras coisitas mais, botaram o “mito” à força para a realidade.

Ele descobriu que um presidente pode muito, mas não pode tudo. A não ser em ditaduras, regime que o brasileiro, definitivamente, não aceita mais retroceder.

A indicação do juiz Kássio Nunes é esse atestado. Não somente porque o nome do magistrado do Piauí recebeu bênçãos de políticos do Centrão.

Antes de confirmar sua escolha, o presidente antes arredio ao Supremo foi apresentar o seu ungido para nada mais nada menos do que o ministro Gilmar Mendes.

Mendes, o odiado pelo bolsonarismo raiz, recebeu o presidente em casa e na companhia do presidente da Corte, Dias Toffoli, outro excomungado do mundo dos bons pela turma que queria tocar fogo no STF.

Ao que tudo indica, tanto um quanto outro assentiram às inclinações do chefe do Executivo, que abriu mão da promessa de mandar para o Palácio da Justiça um ministro “terrivelmente evangélico”.

Mas, manteve a promessa para a próxima.

Longe do sectarismo que marcou a primeira fase do seu governo, o capitão revela-se cada vez mais “terrivelmente pragmático”.

E aquele Bolsonaro valente e indomável? “Acabou, porra”!

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