Mais cedo, o Blog – com promessa de retomar o tema – perguntou: quem lidera e coordena, hoje, a oposição na Paraíba?
A questão tem como pano de fundo a eleição de 2020, que também se faz atípica, por aqui, por este fenômeno novíssimo; pela primeira vez, em décadas, oposição na Paraíba é um corpo sem cabeça.
Lideranças menores se ressentem de uma coordenação tática e política, um comando.
Exemplo didático. Em 2016, houve uma organização estratégia que rendeu à oposição vitória nos maiores município e encaminhou bem o rumo de 2018.
Se esse espólio foi desarrumado pelos egos internos e deu no que deu, é outra coisa, mas o agrupamento oposicionista chegou com musculatura na sucessão estadual.
Depois de 2018, a coisa degringolou.
Ninguém ocupou este posto de generalato e pouquíssimos, para não dizer ninguém, externam apetite para a tarefa.
Com o autoexílio de Cássio em Brasília, o ostracismo de Ricardo Coutinho pós-Calvário, a aproximação de PP e MDB com o Palácio da Redenção, Romero Rodrigues e Luciano Cartaxo cuidando avidamente das próprias sucessões, essa função estratégica está no vácuo.
Ninguém ocupou.
Na eleição municipal, candidatos, prefeitos e deputados, com raras exceções, se viram como podem em suas cidades. O que sair das urnas será fruto de esforços individuais e localizados.
Essa fatura chegará com um preço.
Em 2022, poucos prefeitos e lideranças terão débito de reciprocidade a quitar. E quase nenhum líder político oposicionista terá crédito para cobrar aos eleitos.