A relação "excessiva" entre Leto e Marquise – Heron Cid
Bastidores

A relação “excessiva” entre Leto e Marquise

20 de agosto de 2020 às 16h33

Além de rádio e televisão, o Grupo Marquise, originário do Ceará, tem outros negócios na Paraíba: construção civil e lixo, coleta de lixo para ser mais preciso.

Um dos grandes clientes desse braço empresarial era a Prefeitura de Cabedelo, região metropolitana de João Pessoa, exatamente onde a Marquise ensaiou construção de um shopping center na região de Intermares. O Pátio Intermares, que nunca saiu do papel e deu no que a Paraíba sabe.

Quase passou despercebido, mas a novidade veio ontem de julgamento do Tribunal de Contas do Estado. O TCE reprovou as contas do então prefeito Leto Viana, preso e afastado acusado de obstacular os interesses da Marquise no município em benefício do empresário Roberto Santiago.

Adivinhe um dos motivos? O TCE identificou o que chamou – em release enviado por sua assessoria – de “pagamentos excessivos” da Prefeitura à Marquise (limpeza urbana) e Vale do Aço (distribuidora) e mandou o ex-prefeito devolver R$ 4,4 milhões.

Uma excentricidade, no mínimo. Leto atuava ao mesmo tempo contra e a favor da Marquise, ao ponto de pagá-la muito mais do que devia?

Pausa. Em janeiro deste ano, o ex-secretário Ivan Burity, preso na Operação Calvário, disse – em delação premiada – que a Marquise teria pago R$ 1,2 milhão em forma de doação da campanha do PSB, em 2014, em troca de licenças ambientais para liberação do shopping que nunca saiu da prancheta.

Nos dois episódios, relações “excessivamente” curiosas.

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