Luciano Cartaxo ainda espreita os movimentos pós-escolha de Edilma Freire como nome do PV para a disputa eleitoral em João Pessoa.
A cautela recomenda sondar o terreno, sentir as reações para somente depois fazer novas deliberações e encaminhamentos.
Luciano elenca algumas de suas motivações para optar por Edilma e não pelos demais concorrentes internos (Diego Tavares, Socorro Gadelha e Daniella Bandeira).
E calcula, com moderação, como responder as críticas contra a condução que resultou em solução com ares caseiros.
Afora as presumidas e lógicas razões aventadas nos bastidores, os resultados da pasta da Educação e o perfil dela, segundo Luciano, pesaram na sua decisão.
“Não foi uma escolha fácil”, defende-se ao responder sobre o tema.
Na prática, ao escolher Edilma, Luciano fechou e abriu portas.
Com Socorro e Diego, o diálogo foi obstruído. Com o governador João Azevêdo e o PP também.
Mas, de alguma forma, ficou uma fresta de diálogo com duas forças do campo da esquerda: o PSB do ex-governador Ricardo Coutinho e a possibilidade de conversar com o PT, de Anísio Maia, de onde Luciano já foi.
No que sobrou do Jardim Girassol, em que pesem a elegibilidade e força política ainda de Coutinho, há quem ache mais pragmático indicar o vice do grupo de Luciano e esperar mais do futuro.
Nesse espaço imprensado e com pouca margem de manobra, a esta altura Luciano – que foi para o tudo ou nada – vai tentar atravessar esse beco estreito e fazer do limão uma limonada.
Precisará de muita perícia política e usar todo o seu prestígio eleitoral-administrativo para não sentir o azedo nos lábios.