Dois fatores práticos contextualizam a liderança, com considerável folga, do prefeito de Sousa, Fábio Tyrone, conforme os números do Instituto Opinião, divulgados ontem pelo Portal MaisPB e programa Hora H, da Rede Mais.
O primeiro consta na própria pesquisa; a aprovação de 70,8% da gestão e modelo administrativo implantado pelo prefeito.
Para qualquer projeto de reeleição ou transferência de voto, avaliação de um governo tem poder determinante no resultado eleitoral.
É quase automático. Administração aprovada, intenção de voto fermentada. É o que projetam todos os estatísticos experimentados.
O outro ponto, não menos crucial, está na oposição sousense. Até aqui, faltando poucos dias para as convenções, as lideranças oposicionistas da cidade ainda não têm consenso sobre o candidato a ser lançado para enfrentar o atual gestor.
O impasse orbita em Zé Célio, André Gadelha e Leonardo Gadelha.
Pela terceira pesquisa consecutiva do Instituto Opinião, Zé Célio é dono do melhor desempenho, mas nem isso empolgou suficientemente o conceituado médico.
O ex-prefeito André Gadelha, terceiro colocado, novamente, no levantamento do Opinião, também resiste a fazer uma revanche com Tyrone, para quem – no poder – perdeu em 2016.
Com menor intenção de voto entre os três, Leonardo Gadelha, nesse quadro, iria para o sacrifício. Tem disposição para isso, mas não é o seu projeto político preferencial.
Detalhe: um ingrediente apimenta mais a indecisão. Em Sousa, está cristalizado que Zé Célio costuma ter boa largada, mas empaca no curso da campanha. Já André Gadelha é exatamente o contrário.
Mas, não existe fórmula pronta e imutável. Eleições não se repetem. Cada uma é uma história diferente.
Mesmo assim, a oposição sousense não está morta. E pode contar, mais adiante, com o benefício da tradicional rivalidade local.
Entretanto, o cenário de uma oposição batendo cabeça e com pouco diálogo com demais lideranças periféricas bafeja um Fábio Tyrone – gestor com alta aprovação – que larga quilômetros à frente dos concorrentes.
E ele vai buscar administrar essa estratégica vantagem da largada até o final da corrida.