O fenômeno já era esperado e até previsto pela Secretaria de Saúde do Estado. Agora, a interiorização do novo coronavírus é constatada.
Em Conceição, no Sertão paraibano, os números explodiram. Saltaram em poucos dias de oito para 69. Lá, o prefeito foi obrigado a decretar toque de recolher.
Em Sousa, também no Sertão, nas últimas horas foram diagnosticados mais 37 casos.
As mortes em Campina Grande preocupam. O crescimento de confirmações em Guarabira e Patos, também.
Na opinião do secretário Geraldo Medeiros, essas últimas cidades têm situações mais preocupantes e colhem resultados do que ele chama de “flexibilização atabalhoada”.
O que o secretário não disse, por motivos óbvios, é que um eventual surto no Interior colapsa as regiões e o sistema de saúde público nesses municípios teria enormes dificuldades de atender a demanda.
Com exceção de Campina Grande, dotada de melhor aparato.
Num português mais claro ainda: nas demais cidades polos, de menor porte, muitos doentes poderiam morrer por falta de estrutura suficiente. Sem nenhum exagero.
Essa realidade atual já alerta o que pode está por vir.
Então, ao cidadão resta fazer a parte que lhe cabe; o respeito ao distanciamento e o uso da máscara, e evitar o pior.
E não apenas confiar nas flexibilizações de ocasião e relaxar nos cuidados.
Porque o preço pode ser caro. O preço da vida. E não será pago por governantes e nem empresários.