Se nada será como antes, a máquina pública, no geral, também não pode voltar sem novos métodos, quando esse período desafiador passar.
O isolamento social não paralisou o serviço público essencial.
Em novos formatos, Legislativo, Judiciário e Executivo continuaram desempenhando suas missões em teletrabalho.
Aliás, o Judiciário até incrementou e agilizou suas respostas às enormes demandas processuais. Nunca se trabalhou tanto nos tribunais em despachos.
À distância, o Legislativo funciona com razoável eficiência, quórum legal, prioridade nas pautas, mais foco e menos blá-blá-blá.
O Executivo vai dando conta de sua grande estrutura com ações e serviços remotos.
Com uma grande diferença: menores custos para o contribuinte. Menos passagens, diárias, viagens, deslocamentos, material de expediente e de consumo. O custeio da máquina diminuiu.
Por isso, assim como se discute a retomada da economia com os setores produtivos, os poderes são exortados ao mesmo. Por questão de isonomia e cidadania.
O que funciona ou não no modelo virtual? Qual foi o impacto da atividade home office na funcionalidade, nas despesas públicas?
O que pode se manter no modo remoto, mesmo na volta? O que pode ganhar agilidade, efetividade e resolutividade e com custo inferior?
São perguntas que guiam um plano de retomada do poder público.
A pandemia já mostrou com clareza: ele pode ser mais barato e mais eficiente. O resto é questão de decisão política. E de pressão social.