Nada mole tem sido a vida do presidente da República, Jair Bolsonaro, nas últimas horas.
A divulgação do vídeo privado de reunião com ministros, apontado pelo ex-ministro Sérgio Moro como indício para revelar interferência na Polícia Federal, com conteúdo constrangedor e de inevitável desgaste.
Trinta e seis pedidos de impeachment na mesa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), com quem o presidente vive numa relação de gato e rato.
E a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal determinar a qualquer momento a apreensão do telefone do presidente, algo inimaginável em tempos normais.
A anormalidade, aliás, é o normal na vida contemporânea brasileira.
Atipicamente reagiu o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, prevendo consequências “imprevisíveis”.
Sun Tzu diz, em a Arte da Guerra, recomendava: “Quando cercar o inimigo, deixe uma saída para ele. Do contrário, ele lutará até a morte”.
Bolsonaro está cercado. Não é difícil imaginar a reação dele se não enxergar saída.