Nem só de confronto vive o presidente Jair Bolsonaro. Hoje, ele deu uma mostra de que também pode conviver num ambiente de alguma convergência com os diferentes.
No encontro que liderou com presidentes da Câmara e do Senado e governadores, Bolsonaro acordou pontos importantes para a sobrevivência dos estados na travessia da crise econômica.
Foi pacífico e se comportou como um ponto de coalização nacional no em instante que só a unidade institucional mínima é capaz de nos salvar do pior.
O presidente falou em “trabalho em conjunto” e pediu apoio para manutenção de veto à restrição de aumento dos servidores no período da pandemia, como contrapartida para o socorro aos estados.
Rodrigo Maia, ao lado esquerdo de Bolsonaro na reunião virtual, invocou a palavra “união” como a “sinalização mais importante” para salvar vidas.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, não escondeu o contentamento “pelo momento histórico da vida nacional”, onde “todos os setores estão reunidos à mesa dialogando”.
E destacou o resultado final de “um texto capaz de unificar as opiniões e construir o consenso”.
No geral, a reunião foi no estilo paz e amor, incluindo até o clima entre Bolsonaro e o rival João Dória, governador de São Paulo.
Foi uma cena pedagógica de desarmamento de espíritos e de chamamento às responsabilidades administrativas. Para ensaio, um bom começo.
Um exemplar de que é possível – e necessário – superar divergências ideológicas em nome dos interesses nacionais.
Pelo menos, em homenagem aos mortos. E por respeito aos vivos.