Somente dois fatos romperam o óbvio na reta final das filiações na Paraíba. Um em João Pessoa e outro em Campina Grande.
O ingresso do ex-senador Cícero Lucena no PP saiu da curva. Esperava-se tudo, menos esse desfecho para quem tinha ótimas relações com o PSDB e era assediado pelo MDB, até pouco tempo.
Cícero e Aguinaldo Ribeiro surpreenderam. Um pela escolha e o outro pela articulação.
Agora o Progressistas, que havia perdido Socorro Gadelha para o PV, tem uma carta na manga para chamar de sua e atuar na eleição pessoense com condições políticas de protagonizar.
E Cícero – depois de tantas hesitações – não teria tomado esse caminho se não fosse pela decisão de se colocar no páreo, em caráter efetivo.
De Campina Grande, outra surpresa. A opção de Bruno Cunha Lima pelo PSD mexeu no tabuleiro político da Rainha da Borborema.
Tido e havido como candidato solo “de todo jeito”, Bruno deu um gesto em direção contrária ao voluntariamente escolher se submeter à liderança do prefeito Romero Rodrigues na condução da sucessão municipal.
Romero, por sua vez, também não ficou refém de cenários externos. Garantiu logo um nome para o seu quadrado e ainda tem Tovar Correia Lima, do PSDB, como alternativa para avaliação.
Está subentendido que o que vai pesar na escolha futura de Romero e do grupo será o nível de competitividade. Cada um que se faça agora.
Os dois fatos – tanto o João Pessoa e como o de Campina – têm força para gerar fortes desdobramentos.